segunda-feira, 23 de julho de 2007

A Dona da História





Gênero: Comédia Romântica
Duração: 90 min
Origem: Brasil
Estúdio: Globo Filmes / Lumière
Direção: Daniel Filho
Roteiro: João Falcão, J. Emanuel, D. Filho
Produção: Daniel Filho


Rio de Janeiro, 1968. Carolina (Débora Falabella) dança balé, vai a passeatas, descobre o amor com o idealista Luiz Cláudio ( Rodrigo Santoro), sonha com um futuro perfeito. Aos 18 anos, ela não tem dúvidas: "A vida é como um filme que a gente vê no cinema". No filme de sua vida, Carolina não quer ser atriz - ela quer ser personagem de uma grande história, da sua história. Rio de Janeiro, 32 anos depois. Diante do espelho, Carolina (Marieta Severo) se exercita para manter a forma. Continua casada com seu primeiro amor, viveu sempre no mesmo lugar, os quatro filhos cresceram e foram viver suas vidas. Luiz Cláudio decide vender o apartamento, mudar para um apart-hotel e realizar seu sonho juvenil - conhecer Cuba. Para Carolina, no entanto, as coisas não são tão simples. Aos 55 anos, está em crise com o casamento, com a casa vazia, com a idade e passa a questionar seu percurso, suas opções e expectativas, a pensar sobre os vários "se" que ficaram pelo caminho. É através de um confronto e diálogo com a jovem que foi aos 18 anos que Carolina revive os sonhos do passado e as possibilidades de ter sido outras personagens, seguido outros rumos, conhecido outros amores. Na maturidade, Carolina viverá plenamente o privilégio de rever a sua própria história e se reencontrar no que foi, no que não foi, e no que poderia ter sido - ao lado ou longe do grande amor de sua vida.






















Carolina: Não é coincidência demais o amor da sua vida ter aparecido justamente na sua vida?

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Carolina: Se eu te beijar agora, eu vou querer te beijar muito mais, a vida inteira, e vou querer casar com você pra beijar você toda noite, até toda noite virar uma noite e outra, até uma noite e outra virar de vez em quando, até de vez em quando virar nunca mais. Até esse amor que hoje é tão grande nem se lembre de como era no passado. Eu não posso ficar com você, eu não quero gastar esse amor, eu quero lembrar dele assim pra sempre, do jeito que a gente tá sentindo ele agora.

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Luís Cláudio:
A noite perguntou ao bobo:
- O que te importa nessa vida além do amor dessa menina?
E o bobo respondeu:
- Nada mais, noite, só o amor de Carolina.
- E a tua luta?
- Carolina.
- E o poder?
- Carolina.
- E a glória?
- Carolina.
- E o mundo mais justo?
- Carolina, Carolina, Carolina. Eu quero que o mundo se exploda! E se eu não tiver Carolina, nada mais me importa nessa vida. Eu sou o bobo da tua noite, menina. Eu sou o homem da tua vida.


O cinema brasileiro, ainda que discreto, vem crescendo em proporções de alta qualidade. Apesar da inacreditável e, ainda assim, compreensível relutância dos próprios brasileiros. A culpa? Talvez da falta de criatividade dos produtores, talvez da falta de interesse do público, quem sabe? Mas atualmente, penso ser culpa da falta de divulgação por parte da imprensa. Já percebeu a enorme dificuldade em encontrar informações sobre um filme brasileiro? "A Dona da História" estreou em 2004 e as imagens do filme que consegui encontrar nos sites de busca são, no máximo, cinco - sem falar na péssima resolução. Felizmente, todos estes problemas têm sido solucionados aos poucos, creio eu. Fui ao cinema de um shopping bastante popular e haviam vários pôsteres da versão brasileira de "O Primo Basílio" baseado na obra literária do escritor português Eça de Queirós. Modernidade, Gabriela, modernidade.

Cortando o desabafo, este é um filme maravilhoso. Marieta Severo está estupenda em sua maturidade. Sem falar da graciosíssima e talentosa Débora Falabella. Fagundes posa de galã mais uma vez. Mas se for pra falar de Rodrigo Santoro fazendo serenata - pelos Deuses de tudo que existe - de tirar o fôlego. A trilha sonora é deliciosa, incluindo Vinícius de Moraes e Tom Jobim.

Não percam, nos cinemas "O Primo Basílio", estréia confirmada para 03/08.

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