terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Retrospectiva 2007

Todo ano é aquela mesma história: 1 milhão de filmes para assistir. Você acaba vendo um filme em janeiro, quando chega em setembro não lembra nem mais do nome dele. Pensando nisso, o portal Cinema com Rapadura preparou a lista com todos os lançamentos de cinema do ano de 2007 no Brasil. Que tal, hein? Enjoy.



25 DE DEZEMBRO DE 2007
O Amor nos Tempos do Cólera
A Bússola de Ouro
Os Porralokinhas
Sombras de Goya
21 DE DEZEMBRO DE 2007
Xuxa Em Sonho de Menina
14 DE DEZEMBRO DE 2007
Encantada
Hitman - Assassino 47
Império dos Sonhos
07 DE DEZEMBRO DE 2007
Bee Movie - A História de uma Abelha
Conduta de Risco
30 Dias de Noite
Across the Universe
O Sobrevivente
30 DE NOVEMBRO DE 2007
A Lenda de Beowulf
No Vale das Sombras
A Última Hora
Eu e As Mulheres
23 DE NOVEMBRO DE 2007
O Assassinato de Jesse James
Viagem a Darjeeling
O Reino
16 DE NOVEMBRO DE 2007
Deu a Louca na Cinderela
Os Donos da Noite
A Loja Mágica de Brinquedos
O Magnata
09 DE NOVEMBRO DE 2007
Antes Só Do Que Mal Casado
Leões e Cordeiros
Mandando Bala
Planeta Terror
O Búfalo da Noite
02 DE NOVEMBRO DE 2007
1408
PodeCrer!
O Preço da Coragem
Sem Controle
Um Verão Para Toda a Vida
26 DE OUTUBRO DE 2007
Jogos Mortais 4
Tá Dando Onda
O Passado
19 DE OUTUBRO DE 2007
Invasores
Superbad - É Hoje
12 DE OUTUBRO DE 2007

Tropa de Elite
Stardust - O Mistério da Estrela
Piaf - Um Hino Ao Amor
Garçonete
Desbravadores
Justiça a Qualquer Preço
Bratz - O Filme
05 DE OUTUBRO DE 2007
Resident Evil 3: A Extinção
Putz! A Coisa Tá Feia
A Maldição da Flor Dourada
27 DE SETEMBRO DE 2007
A Última Legião
Nação Fast Food
O Vidente
O Homem que Desafiou o Diabo
20 DE SETEMBRO DE 2007

Rogue, o Assassino
Nunca é Tarde para Amar
Ligeiramente Grávidos
Hairspray - Em Busca da Fama
13 DE SETEMBRO DE 2007

O Vigarista do Ano
Instinto Secreto
Querô
Os Mensageiros
06 DE SETEMBRO DE 2007
Eu os Declaro Marido e… Larry!
Hora do Rush 3
Vira-Lata
30 DE AGOSTO DE 2007

Paranóia
Cidade dos Homens
Licença para Casar
23 DE AGOSTO DE 2007

O Ultimato Bourne
Possuídos
Espíritos 2 - Você Nunca Está Sozinho
16 DE AGOSTO DE 2007

Os Simpsons - O Filme
A Morte Pede Carona
09 DE AGOSTO DE 2007
Escorregando para a Glória
Primo Basílio
Sem Reservas
Mimzy - A Chave do Universo
02 DE AGOSTO DE 2007

Duro de Matar 4.0
A Volta do Todo Poderoso
26 DE JULHO DE 2007

O Ex-namorado da Minha Mulher
Luzes do Além
19 DE JULHO DE 2007
Transformers
Saneamento Básico
Ela É a Poderosa
10 DE JULHO DE 2007
Harry Potter e a Ordem da Fênix
05 DE JULHO DE 2007
Ratatouille
28 DE JUNHO DE 2007

Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado
O Balconista 2
21 DE JUNHO DE 2007
Treze Homens e um Novo Segredo
O Despertar de uma Paixão
14 DE JUNHO DE 2007

Shrek Terceiro
Cão sem Dono
06 DE JUNHO DE 2007

Não por Acaso
Infância Roubada
Totalmente Apaixonados
31 DE MAIO DE 2007

Zodíaco
Extermínio 2
Premonições
Confidencial
Inesquecível
24 DE MAIO DE 2007
Piratas do Caribe: No Fim do Mundo
O Tigre e a Neve
Nome de Família
17 DE MAIO DE 2007
Alpha Dog
Escola de Idiotas
O Hospedeiro
10 DE MAIO DE 2007
Um Crime de Mestre
Lady Vingança
Baixio das Bestas
Invasão de Domicílio
O Amor Pode Dar Certo
03 DE MAIO DE 2007
Homem-Aranha 3
Marcas da Vida
26 DE ABRIL DE 2007
Miss Potter
Minha Mãe Quer que Eu Case
Primitivo
100 Escovadas antes de Dormir
19 DE ABRIL DE 2007
Motoqueiros Selvagens
Hannibal - A Origem do Mal
Batismo de Sangue
Colheita do Mal
A Última Cartada
12 DE ABRIL DE 2007
Ventos da Liberdade
Sunshine - Alerta Solar
As Tartarugas Ninja - O Retorno
A Estranha Perfeita
Caçados
05 DE ABRIL DE 2007

A Família do Futuro
Caixa Dois
As Férias de Mr. Bean
Cartola
Um Beijo a Mais
29 DE MARÇO DE 2007

300
Ó Paí, Ó
O Segredo
22 DE MARÇO DE 2007
O Cheiro do Ralo
Atirador
Número 23
Arthur e os Minimoys
Deu a Louca em Hollywood
15 DE MARÇO DE 2007

Maria Antonieta
O Bom Pastor
Scoop - O Grande Furo
Ponte para Terabítia
08 DE MARÇO DE 2007
A Pele
Norbit
01 DE MARÇO DE 2007
Motoqueiro Fantasma
Letra e Música
Notas sobre um EscândaloCandy
22 DE FEVEREIRO DE 2007
Borat
Sangue e Chocolate
Operação Limpeza
15 DE FEVEREIRO DE 2007

Dreamgirls - Em Busca de um Sonho
Cartas de Iwo Jima
Turma da Mônica - Uma Aventura no Tempo
Turistas
08 DE FEVEREIRO DE 2007

A Rainha
Antônia
Rocky Balboa
Pecados Íntimos
01 DE FEVEREIRO DE 2007

A Conquista da Honra
O Último Rei da Escócia
O Homem Duplo
À Procura da Felicidade
Dogão, Amigo pra Cachorro
25 DE JANEIRO DE 2007
A Grande Família - O Filme
Perfume - A História de um Assassino
Apocalypto
18 DE JANEIRO DE 2007
Babel
Alex Rider contra o Tempo
Déjà Vu
O Mar Não Está pra Peixe
11 DE JANEIRO DE 2007

Mais Estranho que a Ficção
Uma Noite no Museu
04 DE JANEIRO DE 2007

Diamante de Sangue
O Dono da Festa 2
A Menina e o Porquinho

domingo, 16 de setembro de 2007

O Libertino






Gênero: Drama
Duração: 114 min
Origem: Inglaterra
Estréia - EUA: 13 de Janeiro de 2006
Estréia - Brasil: 30 de Junho de 2006
Estúdio: Europa Filmes
Direção: Laurence Dunmore
Roteiro: Stephen Jeffreys
Produção: Lianne Halfon, Russell Smith, John Malkovich




Depois de criar uma galeria inesquecível de personagens esdrúxulos e inconformistas, Johnny Depp mergulha no campo do monstruoso no filme "O Libertino". O ator representa o poeta provocador e libertino do século 17 John Wilmot, conde de Rochester, que alcançou a fama literária apenas após sua morte, aos 33 anos, de sífilis e do abuso de álcool. O longa, filmado como se através de camadas de sujeira, adota abordagem totalmente diferente da de outros trabalhos de época, como por exemplo "Shakespeare Apaixonado". "Vocês não vão gostar de mim", promete Rochester no prólogo em que fala diretamente à câmera. O roteiro de Stephen Jeffreys, baseado na peça de sua autoria, não explica nem desculpa o comportamento do conde. Favorito na corte do rei Charles 2o. (John Malkovich, que representou o papel-título na estréia da peça nos EUA), Rochester aceita a encomenda de escrever uma obra literária importante para o rei. No lugar de pôr mãos à obra, porém, ele continua a dedicar seu tempo à bebida e ao sexo. Entre uma escapada e outra, troca farpas pornográficas com os escritores George Etherege (Tom Hollander) e Charles Sackville (Johnny Vegas). Ele sai um pouco dessa rotina de libertinagem quando vê a atriz principiante Lizzie Barry (Samantha Morton) ser vaiada fora do palco. Ela faz parte da primeira geração de mulheres a atuar no teatro, e Rochester decide convertê-la numa das grandes estrelas dos palcos londrinos. Conhecido por sua honestidade brutal, ele exige verdade das atuações de Lizzie, e a atriz obstinadamente independente, superando seus receios, cresce e aparece sob sua tutela. Ao mesmo tempo, torna-se a amante de Rochester, despertando nele uma paixão que ele só irá admitir quando for tarde demais. Embora seja capaz de ouvir com respeito os conselhos de sua prostituta favorita (Kelly Reilly), o conde trata sua mãe devota (Francesca Annis) com desprezo. As relações são mais complexas com sua esposa, Elizabeth (Rosamund Pike), que tem plena consciência de suas traições. Pike tem uma atuação comovente no papel de mulher cuja relação com Rochester começou na adolescência, quando ela foi raptada pelo conde, e que acaba cuidando dele com devoção.























John Wilmot: Permitam-me ser franco desde o começo. Não vão gostar de mim. Os cavalheiros sentirão inveja, as senhoras repulsa. Não vão gostar de mim agora e passarão a gostar menos com o tempo. Senhoras, um comunicado: estou à disposição, em tempo integral. Não estou me gabando ou opinando, é apenas uma constatação médica: eu sou promíscuo. E vocês me verão sendo promíscuo, e suspirarão. Não façam isso. É melhor para vocês verem e tirarem suas próprias conclusões à distância, do que eu enfiar meu pênis dentro de sua saia. Cavalheiros, não se desesperem. Também serei promíscuo com vocês. E portanto, vale a mesma advertência. Controlem suas ereções até que eu tenha uma última palavra. Mas quando fornicarem, e fornicarão, esperarei isso de vocês e saberei se me desapontarem. Desejo que forniquem com minha imagem em miniatura rastejando em suas gônadas. Sintam... como eu senti, como eu me sinto. E pensem: "Esse tremor foi o mesmo tremor que ele sentiu? Ele conheceu algo mais profundo? Ou existe uma parede de miséria na qual todos batemos a cabeça naquele momento luminoso e eterno?" É tudo. Este foi o meu prólogo. Nada rimado, nada de falsa modéstia. Espero que não queiram isso. Sou John Wilmot. Segundo Conde de Rochester. E não quero que gostem de mim.

.

John Wilmot: E, finalmente ali ele jaz. O convertido no leito de morte. O devasso crente. Eu não sabia me conter, não é? Dê-me vinho, eu bebo tudo, seco a boca e jogo a garrafa vazia no mundo. Mostre-me Nosso Senhor Jesus em agonia e eu subirei na cruz, tirarei seus pregos e os colocarei em minhas mãos. Aqui vou eu, arrastando-me pelo mundo com minha saliva fresca sobre a Bíblia. Olho a cabeça de um alfinete e vejo anjos dançando. E então, gostam de mim agora? Gostam de mim agora? Gostam de mim... agora?

.

John Wilmot: Every man would be coward if he has courage to be.
John Wilmot: Todo homem seria covarde se tivesse coragem para isso.

.

John Wilmot: I will never forgive you for have taught me to love life.
John Wilmot: Eu nunca a perdoarei por ter me ensinado à amar a vida.


.


The Libertine é a recriação da vida assaz interessante do Earl of Rochester, poeta e dramaturgo, um verdadeiro libertino chocando a sociedade inglesa na época de Carlos II e a Restauração (segunda metade do sec XVII). Mas ao invés de se aprofundar nos aspectos morais deste sarcástico de língua e pena afiada, ou nos costumes sexuais da época e deste hedonista bissexual, o filme é superficial, puxando para um tema romântico (por seu envolvimento com uma jovem atriz). Embora a recriação de figurinos e cenários seja excelente. O que carrega mesmo a película é a interpretação soberba de Johnny Depp.
.
Fique atento: O filme é inapropriado para menores de 18 anos. Não por causa de cenas eróticas ou coisa do tipo; mas, sim, devido à temática e mensagem que o filme passa.
.
Ao final, você aperta o botão "open up" enquanto reflete sobre o filme, avariado. Sente-se sujo e ridicularizado, mas a sensação é boa porque, pede por um progresso ou revolução, subjetivamente.

Merece o trailer: aqui.
.
.
.
Ele não resistiu à tentação. Ele perseguiu-a.

domingo, 9 de setembro de 2007

O Diabo Veste Prada






Gênero: Comédia - Drama
Duração: 109 min
Origem: EUA
Estréia - EUA: 30 de Junho de 2006
Estréia - Brasil: 22 de Setembro de 2006
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: David Frankel
Roteiro: Aline Brosh McKenna, Don Roos
Produção: Wendy Finerman



O filme "O Diabo Veste Prada" mostra os bastidores de uma importante revista de moda. Estrelado por Meryl Streep ("Angels in America") e Anne Hathaway ("Brokeback Mountain", "Uma Garota Encantada" e "Diário da Princesa 2"), o filme é uma adaptação do best seller homônimo, escrito por Lauren Weisberger. Em "O Diabo Veste Prada", Andrea (Anne Hathaway) consegue seu primeiro emprego na mais importante revista de moda de New York, a Runway Magazine. Andrea terá o desafio de ser assistente da toda poderosa Miranda Priestly (Meryl Streep). Apesar de ser uma oportunidade pela qual um milhão de jovens mulheres em Nova York chegariam a matar para conseguir, ela vai descobrir que não será fácil sobreviver a ela. A modelo brasileira Gisele Bündchen faz uma pequena participação em "O Diabo Veste Prada" como uma empresária do mundo da moda. Essa é a segunda incursão de Gisele nos cinemas. Em 2004, a top interpretou a vilã Vanessa da comédia Táxi. A personagem de Meryl Streep é inspirada na famosa editora da revista Vogue americana, Anna Wintour. Laura Weisberger, autora do livro "O Diabo Veste Prada", trabalhou como assistente de Anna na publicação. Quando soube que seria produzido um filme sobre o livro, Anna Wintour começou uma campanha para abafar a produção. De acordo com a revista americana Radar, ela pediu que nenhum estilista participasse do longa. A editora teria dado a entender que eles entrariam na "geladeira" de sua revista.















.



Miranda Pristley: Don't be ridiculous, Andrea. Everybody wants this. Everybody wants to be like us.
Miranda Pistley: Não seja ridícula, Andrea. Todos querem isso. Todos querem ser como nós.



.



Primeiramente? Gostaria de me desculpar pela ausência - isso se alguém notou, claro - mas, baby, I'm in business. Depois gostaria de reinvindicar mais visitas ao meu querido Ricardo e sua maravilhosa locadora.

Lamentações à parte, vamos ao filme.

Difícil imaginar que há um lado negro por trás do glamour da moda. Mas sim, há centenas de pessoas que vivem por isso, é mais do qualquer movimento artístico ou literário; é um ícone de sofisticação e beleza.

"O Diabo Veste Prada" é um dos poucos projetos cinematográficos que, mesmo possuindo clichês e situações triviais, consegue conquistar o público consideravelmente. Como esperado, é um longa que preza o mundo da moda, no entanto, não se limita apenas a isso. Ótimas atuações, ótimas músicas, ótimas situações do cenário fashion e ótimos figurinos transformam este filme em uma opção obrigatória aos freqüentadores mais assíduos das salas de cinema.

Ao lado da lenda viva do cinema de Hollywood, Meryl Streep, está Anne Hathaway, ainda um pouco inexperiente, é verdade, porém tão cheia de vida e ânimo que faz com que qualquer pessoa simpatize com ela. Ela, antes de "O Segredo de Brokeback Mountain", era apenas conhecida por atuar nos filmes da Disney de "O Diário da Princesa". Todavia, na medida em que cresce no mundo hollywoodiano, Hathaway vem se mostrando cada vez mais competente, embora, algumas vezes, se perca em sua personagem. Mas este fato pode ser totalmente esquecido pelo saldo competente de sua atuação em geral. Outro destaque do elenco é Emily Blunt, um rosto novo no mundo cinematográfico. Não muito conhecida no Brasil, em "O Diabo Veste Prada" vem mostrar que possui, sim, talento, e tem tudo para despontar na carreira artística. A maneira como interpreta Emily, a primeira assistente de Miranda, é indescritível, roubando a maioria das cenas onde contracena com Anne, por exemplo. Outro ponto alto é o seu sotaque britânico. Embora a atriz seja realmente inglesa, adorei a maneira como ela fala, o que fez com que conquistasse mais ainda a minha simpatia. A famosa modelo brasileira Gisele Bündchen também faz parte do elenco do filme, embora a sua personagem tenha falas bastante reduzidas e seja totalmente descartável. Já Stanley Tucci incorporando o simpático Nigel é, definitivamente, o ponto alto do elenco masculino.


Embora possua algumas falhas em seu roteiro, "O Diabo Veste Prada" consegue sobressair-se em outros fatores, conquistando o público plenamente. Com uma boa abordagem do mundo das modelos feita pelo diretor David Frankel, até aqueles que não são ligados à moda poderão gostar deste filme. E mesmo que não apreciem o estilo, a ótima e marcante atuação de Meryl Streep definitivamente valerá o tempo e dinheiro empregados nesta diversão. E, como diria a imponente Miranda Pristley, that's all.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Maria Antonieta







Gênero: Drama
Duração: 116 min
Origem: EUA
Estréia - EUA: 13 de Outubro de 2006
Estréia - Brasil: 16 de Março de 2007
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Sofia Coppola
Roteiro: Antonia Fraser, Sofia Coppola



Prometida ao Rei Luis XVI (Jason Schwartzman) aos quatorze anos de idade, a ingênua Maria Antonieta (Kirsten Dunst), é lançada na opulenta corte francesa que é cheia de intrigas e escândalos. Sozinha, sem orientação e perdida em um mundo perigoso, a jovem Maria Antonieta se rebela contra a atmosfera isolada de Versalhes, e no processo, ela se torna a monarca mais incompreendida da França. Kirsten Dunst faz o papel da jovem princesa cuja vida cheia de fatalidades se transforma em material para lendas e mitos. A história começa quando Maria Antonieta, aos quatorze anos de idade é levada para longe de sua família e de seus amigos de Viena, despojada de todos os seus pertences e jogada no sofisticado e decadente mundo de Versalhes, a pródiga corte real perto de Paris. Maria Antonieta é uma simples marionete em um casamento arranjado feito para solidificar a harmonia entre duas nações. Seu marido adolescente, Luis (Jason Schwartzman), o Delfim, como era chamado, é o herdeiro do trono francês. Mas Maria Antonieta está totalmente despreparada para ser o tipo de governante que o povo francês deseja. Por baixo de sua elegância, ela é uma assustada, desprotegida e confusa jovem mulher, cercada por perversos caluniadores, falsos aduladores, pessoas manipuladoras e fofoqueiros. Presa pelas convenções de sua posição, Maria Antonieta precisa encontrar uma forma de se encaixar no complexo e traiçoeiro mundo de Versalhes. Além de todos os seus infortúnios também existe a indiferença de seu novo marido, Luis. Seu casamento permanece sem ser consumado por incríveis sete anos. O desajeitado futuro Rei prova ser um desastre como amante, causando grandes preocupações (e infindáveis fofocas) de que Maria Antonieta nunca será capaz de dar a luz a um herdeiro. Perturbada e soterrada por todos os problemas, Maria Antonieta busca refúgio na decadência da aristocracia francesa e em um secreto caso amoroso com o sedutor Conde sueco Fersen (Jamie Dornan). Suas indiscrições logo se tornam o assunto da França. Seja ela sendo idealizada por seu impecável estilo ou vilanizada por ser imperdoavelmente inatingível com seus objetivos, as reações a Maria Antonieta sempre são extremas. Ainda assim, aos poucos, conforme amadurecia, ela começou a encontrar seu caminho como esposa, mãe e Rainha – apenas para ser tragicamente arrastada para uma sangrenta revolução que mudou a França para sempre.






















Depois de ser vaiado em Cannes e ter sido recebido com mediocridade, "Maria Antonieta" fez com que a talentosa Sofia Coppola ficasse mal interpretada na visão de vários críticos conservadores ou pouco liberais. Sem intencionar construir um épico da vida da famosa princesa austríaca, Coppola deixa o lado político em terceiro plano e mostra uma trama centrada na personagem como ser humano, colocando mais uma vez toda sua sensibilidade em tela.
.

Para muitos, a soberba e a vida que Antonieta resolve viver para não endoidar dentro de um ambiente medíocre, pode até pintá-la como a vilã da história da França. Fato ou mito, a Maria Antonieta de Coppola é apenas uma demonstração do despreparo dos jovens em sua visão de mundo. Na realidade, a rainha não sabia em que contexto estava vivendo, muito menos conhecia as possíveis repercussões mundiais de seus atos nada agradáveis. Regado de uma trilha sonora contemporânea que foi bastante criticada por não se enquadrar no ambiente da época, um pouco de bom senso justifica a escolha. Maria Antonieta é nada menos do que um paralelo ao que os adolescentes são hoje em dia e isso condiz não só pelas aspirações, mas sim pelas cobranças que o sistema impõe e todo o rigor familiar.
.

Analisando tecnicamente, o filme é um pouco devagar e o roteiro é bastante simples, nada de frases de efeito ou algo do tipo. Coppola investiu, mesmo, na fotografia, nas cores e nos ângulos. Ao assistir você verá uma explosão de cores, estampas florais e doces sofisticadíssimos!

sábado, 4 de agosto de 2007

Closer - Perto Demais

(Closer, EUA, 2004)







Gênero: Drama
Duração: 100 min
Origem: EUA
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Patrick Marber
Produção: Cary Brokaw, John Calley, Robert Fox, Mike Nichols, Scott Rudin



Anna (Julia Roberts) é uma fotógrafa apaixonada por seu namorado, Larry (Clive Owen). Jude Law é Dan que, por sua vez, apaixonou-se à primeira vista por Alice (Natalie Portman). No entanto, quando esses dois casais se encontram, tudo que eles pensavam sobre amor e fidelidade é colocado à prova. "Closer - Perto Demais" arrecadou surpreendentes US$ 7,7 milhões de bilheteria em sua estréia nos cinemas norte-americanos. O longa-metragem dirigido por Mike Nichols (de "A Difícil Arte de Amar"), foi escolhido pela National Board of Review como a produção com o melhor elenco de 2004. O National Board of Review é a prestigiada associação norte-americana de críticos de cinema. Muitas vezes, suas escolhas sinalizam os filmes que serão indicados ao Oscar. Por ter estreado em apenas 476 salas de cinema no país, respeitando a estratégia da Sony de ampliar aos poucos o número de cópias, o drama obteve a excelente média de US$ 16.176,00 por sala. Rory Bruer, presidente de distribuição doméstica da Sony, disse que "Trata-se de um título ousado e provocativo, que ainda dará muito o que falar."

































Dan: You didn’t fancy my sandwiches?
Dan: Não gostou dos meus sanduíches?
.
Alice: Don’t eat fish.
Alice: Não como peixe.
.
Dan: Why not?
Dan: Por que não?
.
Alice: Fish piss in the sea.
Alice: Peixes mijam no mar.
.
Dan: So do children.
Dan: Crianças também.
.
Alice: Don’t eat children either.
Alice: Também não como crianças.
.
.
.
Alice: What would my euphemism be?
Alice: Qual seria meu eufemismo?
.
Dan: "She was disarming."
Dan: "Ela era desconcertante."
.
Alice: That's not a euphemism.
Alice: Isso não é um eufemismo.
.
Dan: Yes, it is.
Dan: É, sim.
.
.
.
Dan: Why did you leave?
Dan: Por que saiu de lá?
.
Alice: Problems with a male.
Alice: Problemas com um homem.
.
Dan: Boyfriend?
Dan: Namorado?
.
Alice: Kind of.
Alice: Por aí.
.
Dan: And you left him, just like that?
Dan: E você deixou ele assim?
.
Alice: It's the only way to leave. "I don't love you anymore. Goodbye."
Alice: É o único jeito de deixar. "Não te amo mais. Adeus."
.
Dan: Supposing you do still love them?
Dan: E se você ainda amar a pessoa?
.
Alice: You don't leave.
Alice: Você não deixa.
.
Dan: You've never left somebody you still love?
Dan: Nunca deixou alguém que amasse?
.
Alice: No.
Alice: Não.
.
.
.
Dan: Do you have any children?
Dan: Você tem filhos?
.
Anna: No.
Anna: Não.
.
Dan: Would you like some?
Dan: Gostaria de ter?
.
Anna: Yes, but not today.
Anna: Sim, mas não hoje.
.
.
.
Larry: What do you think?
Larry: O que você acha?
.
Alice: It's a lie. It's a bunch of sad strangers photographed beautifully, and... all the glittering assholes who appreciate art say it's beautiful 'cause that's what they wanna see. But the people in the photos are sad, and alone. But the pictures make the world seem beautiful, so the exhibition's reassuring which makes it a lie. And everyone loves a big, fat lie.
Alice: É uma mentira. Um monte de desconhecidos tristes, lindamente fotografados... e todos os imbecis ricos que apreciam arte dizem que é bonito, porque é o que eles querem ver. As pessoas nas fotos são tristes, e sozinhas. Mas as fotos fazem o mundo parecer bonito, então a exposição é reconfortante o que faz dela uma mentira. E todo mundo adora uma boa mentira.
.
.
.
Larry: The book is about you, isn't it?
Larry: O livro é sobre você, não é?
.
Alice: Some of me.
Alice: Parte de mim.
.
Larry: What did he leave out?
Larry: O que ele deixou de fora?
.
Alice: The truth.
Alice: A verdade.
.
.
.
Dan: Look at me. Tell me you're not in love with me.
Dan: Olha pra mim. Diz que não está apaixonada por mim.
.
Anna: I'm not in love with you.
Anna: Não estou apaixonada por você.
.
Dan: You just lied. I'm your stranger. Jump.
Dan: Você mente. Eu sou seu estranho. Arrisque.
.
.
.
Alice: Do you love her because she's successful?
Alice: Você a ama porque ela tem sucesso?
.
Dan: No, I'd love her because she doesn't need me.
Dan: Não, eu a amo porque ela não precisa de mim.
.
.
.
Dan: I fell in love with her, Alice.
Dan: Me apaixonei por ela, Alice.
.
Alice: As if you had no choice? There's a moment. There's always a moment "I can do this, I can give in to this, or I can resist it". And I don't know whe your moment was, but I bet you there was one.
Alice: Como se não tivesse escolha? Tem um momento. Sempre tem um momento de "Eu posso fazer isso, eu posso me entregar, ou eu posso resistir". Não sei quando foi o seu momento, mas aposto que ele existiu.
.
.
.
Alice: Did you love me?
Alice: Você me amou?
.
Dan: I'll always love you. I hate hurting you.
Dan: Eu vou te amar sempre. Eu odeio te magoar.
.
Alice: Then why are you?
Alice: Então por que me magoa?
.
Dan: 'Cause I'm selfish. I think I'll be happier with her.
Dan: porque eu sou egoísta. Eu acho que vou ser mais feliz com ela.
.
Alice: You won't. You'll miss me. No one will ever love you as much as I do. Why isn't love enough?
Alice: Não vai. Vai sentir minha falta. Ninguém nunca vai te amar como eu te amo. Por que o amor não é suficiente?
.
.
.
Larry: I know who you are. I love you. I love everything about you that hurts.
Larry: Eu sei quem você é. Eu te amo. Amo tudo que dói em você.
.
.
.
Larry: Alice, tell me something true.
Larry: Alice, me conta alguma verdade.
.
Alice: Lying is the most fun a girl can have without taking her clothes off, but it's better if you do.
Alice: Mentir é a maior diversão que uma garora pode ter sem tirar a roupa, mas é melhor se tirar.
.
.
.
Larry: You don't know the first thing about love, because you don't understand compromise.
Larry: Você não sabe nada sobre o amor, porque você não entende o compromisso.
.
.
.
Alice: I don't love you anymore.
Alice: Não te amo mais.
.
Dan: Since when?
Dan: Desde quando?
.
Alice: Now. Just now.
Alice: Agora. Desde agora.
.
Dan: It doesn't matter. I love you.
Dan: Não tem problema. Eu te amo.
.
Alice: Too late. I don't love you anymore. Goodbye.
Alice: Tarde demais. Não te amo mais. Adeus.
.
.
.
Alice: I would have loved you... forever.
Alice: Eu teria te amado... pra sempre.
.
.
.
.
Talvez o clímax do filme não seja realmente a história. Já que, em certo momento, acaba se tornando surreal, imcompreensível. O que vale mesmo a pena são todos esses diálogos acima, e outros muitos, como a enérgica discussão entre Larry e Anna. Em resumo, o filme fala sobre amor à primeira vista, a obssessão, a infidelidade, o sexo. Os acontecimentos chegam a ser tão corriqueiros que ninguém percebe. Gosto do filme porque gosto de bons roteiros, bons atores, histórias que se aplicam a realidade; aos rostos por trás das máscaras, à intimidade das pessoas que, ao trancar a porta, deixam de ser plásticas e frígidas. Gosto da dor em exibição, do pecado explícito, da culpa, do sentimento de possibilidade. Porque apesar de parecer insatisfeita com a vida, sou humana. Sou o que ninguém mais quer ser, ou ver, assim, perto demais.
.
.
If you believe in love at first sight, you never stop looking.