sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Maria Antonieta







Gênero: Drama
Duração: 116 min
Origem: EUA
Estréia - EUA: 13 de Outubro de 2006
Estréia - Brasil: 16 de Março de 2007
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Sofia Coppola
Roteiro: Antonia Fraser, Sofia Coppola



Prometida ao Rei Luis XVI (Jason Schwartzman) aos quatorze anos de idade, a ingênua Maria Antonieta (Kirsten Dunst), é lançada na opulenta corte francesa que é cheia de intrigas e escândalos. Sozinha, sem orientação e perdida em um mundo perigoso, a jovem Maria Antonieta se rebela contra a atmosfera isolada de Versalhes, e no processo, ela se torna a monarca mais incompreendida da França. Kirsten Dunst faz o papel da jovem princesa cuja vida cheia de fatalidades se transforma em material para lendas e mitos. A história começa quando Maria Antonieta, aos quatorze anos de idade é levada para longe de sua família e de seus amigos de Viena, despojada de todos os seus pertences e jogada no sofisticado e decadente mundo de Versalhes, a pródiga corte real perto de Paris. Maria Antonieta é uma simples marionete em um casamento arranjado feito para solidificar a harmonia entre duas nações. Seu marido adolescente, Luis (Jason Schwartzman), o Delfim, como era chamado, é o herdeiro do trono francês. Mas Maria Antonieta está totalmente despreparada para ser o tipo de governante que o povo francês deseja. Por baixo de sua elegância, ela é uma assustada, desprotegida e confusa jovem mulher, cercada por perversos caluniadores, falsos aduladores, pessoas manipuladoras e fofoqueiros. Presa pelas convenções de sua posição, Maria Antonieta precisa encontrar uma forma de se encaixar no complexo e traiçoeiro mundo de Versalhes. Além de todos os seus infortúnios também existe a indiferença de seu novo marido, Luis. Seu casamento permanece sem ser consumado por incríveis sete anos. O desajeitado futuro Rei prova ser um desastre como amante, causando grandes preocupações (e infindáveis fofocas) de que Maria Antonieta nunca será capaz de dar a luz a um herdeiro. Perturbada e soterrada por todos os problemas, Maria Antonieta busca refúgio na decadência da aristocracia francesa e em um secreto caso amoroso com o sedutor Conde sueco Fersen (Jamie Dornan). Suas indiscrições logo se tornam o assunto da França. Seja ela sendo idealizada por seu impecável estilo ou vilanizada por ser imperdoavelmente inatingível com seus objetivos, as reações a Maria Antonieta sempre são extremas. Ainda assim, aos poucos, conforme amadurecia, ela começou a encontrar seu caminho como esposa, mãe e Rainha – apenas para ser tragicamente arrastada para uma sangrenta revolução que mudou a França para sempre.






















Depois de ser vaiado em Cannes e ter sido recebido com mediocridade, "Maria Antonieta" fez com que a talentosa Sofia Coppola ficasse mal interpretada na visão de vários críticos conservadores ou pouco liberais. Sem intencionar construir um épico da vida da famosa princesa austríaca, Coppola deixa o lado político em terceiro plano e mostra uma trama centrada na personagem como ser humano, colocando mais uma vez toda sua sensibilidade em tela.
.

Para muitos, a soberba e a vida que Antonieta resolve viver para não endoidar dentro de um ambiente medíocre, pode até pintá-la como a vilã da história da França. Fato ou mito, a Maria Antonieta de Coppola é apenas uma demonstração do despreparo dos jovens em sua visão de mundo. Na realidade, a rainha não sabia em que contexto estava vivendo, muito menos conhecia as possíveis repercussões mundiais de seus atos nada agradáveis. Regado de uma trilha sonora contemporânea que foi bastante criticada por não se enquadrar no ambiente da época, um pouco de bom senso justifica a escolha. Maria Antonieta é nada menos do que um paralelo ao que os adolescentes são hoje em dia e isso condiz não só pelas aspirações, mas sim pelas cobranças que o sistema impõe e todo o rigor familiar.
.

Analisando tecnicamente, o filme é um pouco devagar e o roteiro é bastante simples, nada de frases de efeito ou algo do tipo. Coppola investiu, mesmo, na fotografia, nas cores e nos ângulos. Ao assistir você verá uma explosão de cores, estampas florais e doces sofisticadíssimos!

sábado, 4 de agosto de 2007

Closer - Perto Demais

(Closer, EUA, 2004)







Gênero: Drama
Duração: 100 min
Origem: EUA
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Patrick Marber
Produção: Cary Brokaw, John Calley, Robert Fox, Mike Nichols, Scott Rudin



Anna (Julia Roberts) é uma fotógrafa apaixonada por seu namorado, Larry (Clive Owen). Jude Law é Dan que, por sua vez, apaixonou-se à primeira vista por Alice (Natalie Portman). No entanto, quando esses dois casais se encontram, tudo que eles pensavam sobre amor e fidelidade é colocado à prova. "Closer - Perto Demais" arrecadou surpreendentes US$ 7,7 milhões de bilheteria em sua estréia nos cinemas norte-americanos. O longa-metragem dirigido por Mike Nichols (de "A Difícil Arte de Amar"), foi escolhido pela National Board of Review como a produção com o melhor elenco de 2004. O National Board of Review é a prestigiada associação norte-americana de críticos de cinema. Muitas vezes, suas escolhas sinalizam os filmes que serão indicados ao Oscar. Por ter estreado em apenas 476 salas de cinema no país, respeitando a estratégia da Sony de ampliar aos poucos o número de cópias, o drama obteve a excelente média de US$ 16.176,00 por sala. Rory Bruer, presidente de distribuição doméstica da Sony, disse que "Trata-se de um título ousado e provocativo, que ainda dará muito o que falar."

































Dan: You didn’t fancy my sandwiches?
Dan: Não gostou dos meus sanduíches?
.
Alice: Don’t eat fish.
Alice: Não como peixe.
.
Dan: Why not?
Dan: Por que não?
.
Alice: Fish piss in the sea.
Alice: Peixes mijam no mar.
.
Dan: So do children.
Dan: Crianças também.
.
Alice: Don’t eat children either.
Alice: Também não como crianças.
.
.
.
Alice: What would my euphemism be?
Alice: Qual seria meu eufemismo?
.
Dan: "She was disarming."
Dan: "Ela era desconcertante."
.
Alice: That's not a euphemism.
Alice: Isso não é um eufemismo.
.
Dan: Yes, it is.
Dan: É, sim.
.
.
.
Dan: Why did you leave?
Dan: Por que saiu de lá?
.
Alice: Problems with a male.
Alice: Problemas com um homem.
.
Dan: Boyfriend?
Dan: Namorado?
.
Alice: Kind of.
Alice: Por aí.
.
Dan: And you left him, just like that?
Dan: E você deixou ele assim?
.
Alice: It's the only way to leave. "I don't love you anymore. Goodbye."
Alice: É o único jeito de deixar. "Não te amo mais. Adeus."
.
Dan: Supposing you do still love them?
Dan: E se você ainda amar a pessoa?
.
Alice: You don't leave.
Alice: Você não deixa.
.
Dan: You've never left somebody you still love?
Dan: Nunca deixou alguém que amasse?
.
Alice: No.
Alice: Não.
.
.
.
Dan: Do you have any children?
Dan: Você tem filhos?
.
Anna: No.
Anna: Não.
.
Dan: Would you like some?
Dan: Gostaria de ter?
.
Anna: Yes, but not today.
Anna: Sim, mas não hoje.
.
.
.
Larry: What do you think?
Larry: O que você acha?
.
Alice: It's a lie. It's a bunch of sad strangers photographed beautifully, and... all the glittering assholes who appreciate art say it's beautiful 'cause that's what they wanna see. But the people in the photos are sad, and alone. But the pictures make the world seem beautiful, so the exhibition's reassuring which makes it a lie. And everyone loves a big, fat lie.
Alice: É uma mentira. Um monte de desconhecidos tristes, lindamente fotografados... e todos os imbecis ricos que apreciam arte dizem que é bonito, porque é o que eles querem ver. As pessoas nas fotos são tristes, e sozinhas. Mas as fotos fazem o mundo parecer bonito, então a exposição é reconfortante o que faz dela uma mentira. E todo mundo adora uma boa mentira.
.
.
.
Larry: The book is about you, isn't it?
Larry: O livro é sobre você, não é?
.
Alice: Some of me.
Alice: Parte de mim.
.
Larry: What did he leave out?
Larry: O que ele deixou de fora?
.
Alice: The truth.
Alice: A verdade.
.
.
.
Dan: Look at me. Tell me you're not in love with me.
Dan: Olha pra mim. Diz que não está apaixonada por mim.
.
Anna: I'm not in love with you.
Anna: Não estou apaixonada por você.
.
Dan: You just lied. I'm your stranger. Jump.
Dan: Você mente. Eu sou seu estranho. Arrisque.
.
.
.
Alice: Do you love her because she's successful?
Alice: Você a ama porque ela tem sucesso?
.
Dan: No, I'd love her because she doesn't need me.
Dan: Não, eu a amo porque ela não precisa de mim.
.
.
.
Dan: I fell in love with her, Alice.
Dan: Me apaixonei por ela, Alice.
.
Alice: As if you had no choice? There's a moment. There's always a moment "I can do this, I can give in to this, or I can resist it". And I don't know whe your moment was, but I bet you there was one.
Alice: Como se não tivesse escolha? Tem um momento. Sempre tem um momento de "Eu posso fazer isso, eu posso me entregar, ou eu posso resistir". Não sei quando foi o seu momento, mas aposto que ele existiu.
.
.
.
Alice: Did you love me?
Alice: Você me amou?
.
Dan: I'll always love you. I hate hurting you.
Dan: Eu vou te amar sempre. Eu odeio te magoar.
.
Alice: Then why are you?
Alice: Então por que me magoa?
.
Dan: 'Cause I'm selfish. I think I'll be happier with her.
Dan: porque eu sou egoísta. Eu acho que vou ser mais feliz com ela.
.
Alice: You won't. You'll miss me. No one will ever love you as much as I do. Why isn't love enough?
Alice: Não vai. Vai sentir minha falta. Ninguém nunca vai te amar como eu te amo. Por que o amor não é suficiente?
.
.
.
Larry: I know who you are. I love you. I love everything about you that hurts.
Larry: Eu sei quem você é. Eu te amo. Amo tudo que dói em você.
.
.
.
Larry: Alice, tell me something true.
Larry: Alice, me conta alguma verdade.
.
Alice: Lying is the most fun a girl can have without taking her clothes off, but it's better if you do.
Alice: Mentir é a maior diversão que uma garora pode ter sem tirar a roupa, mas é melhor se tirar.
.
.
.
Larry: You don't know the first thing about love, because you don't understand compromise.
Larry: Você não sabe nada sobre o amor, porque você não entende o compromisso.
.
.
.
Alice: I don't love you anymore.
Alice: Não te amo mais.
.
Dan: Since when?
Dan: Desde quando?
.
Alice: Now. Just now.
Alice: Agora. Desde agora.
.
Dan: It doesn't matter. I love you.
Dan: Não tem problema. Eu te amo.
.
Alice: Too late. I don't love you anymore. Goodbye.
Alice: Tarde demais. Não te amo mais. Adeus.
.
.
.
Alice: I would have loved you... forever.
Alice: Eu teria te amado... pra sempre.
.
.
.
.
Talvez o clímax do filme não seja realmente a história. Já que, em certo momento, acaba se tornando surreal, imcompreensível. O que vale mesmo a pena são todos esses diálogos acima, e outros muitos, como a enérgica discussão entre Larry e Anna. Em resumo, o filme fala sobre amor à primeira vista, a obssessão, a infidelidade, o sexo. Os acontecimentos chegam a ser tão corriqueiros que ninguém percebe. Gosto do filme porque gosto de bons roteiros, bons atores, histórias que se aplicam a realidade; aos rostos por trás das máscaras, à intimidade das pessoas que, ao trancar a porta, deixam de ser plásticas e frígidas. Gosto da dor em exibição, do pecado explícito, da culpa, do sentimento de possibilidade. Porque apesar de parecer insatisfeita com a vida, sou humana. Sou o que ninguém mais quer ser, ou ver, assim, perto demais.
.
.
If you believe in love at first sight, you never stop looking.